sexta-feira, 28 de outubro de 2016

The Stage- Avenged Sevenfold(2016) Review


 Olá seus Rosqueirinhos e suas Rosqueirinhas. Bem vindo ao Blog porreiro do Jamantas e Rock, seja abençoado por sua mãe e vamos começar essa bagaça. Hoje falaremos do novo álbum do Avenged Sevenfold "The Stage", lançado no dia 28/10/2016(que eu espero que seja hoje no dia que eu esteja lançando esse post). Se você tem opiniões divergentes da minha comenta ai, mesmo que eu não ligue nem um pouco(Zoeira. Eu até curto trocar uma ideia). Então pega os morceguinhos pra petiscar(Ozzy Likes It) e uma Boa Leitura pra você cachoeira!!!



 O Avenged Sevenfold pegou todos desprevenidos nesse marabilhoso Outubro com um mural na Cidade do Rio de Janeiro e uma música lançada de surpresa no Youtube. Nem os mais fãs tinham noção do novo lançamento, e sem muita propaganda eles lançaram o álbum.
 Já havia se comentado sobre um tal novo álbum da banda em 2015, mas desde lá não se foi comentado muita coisa. Eles também fugiram do padrão atual das bandas de Rock para lançar álbuns. O método se baseava em lançar 3 singles com clipe antes do álbum no Youtube e no Facebook pra criar Hype, e apenas após isso lançavam seu álbum. Pixies, Blink 182, Korn, Metallica, Kings of Leon, Green Day, Descendents, Jimmy Eat Worlds, Yellowcard, Megadeth e até o Radiohead fizeram isso. Ao invés desse modelo o A7X optou apenas por lançar uma música no Youtube sem avisar ninguém, que teve um dos melhores clipes que eu já havia visto na vida diga-se de passagem, e jogaram a data do lançamento no ar. Então no dia vinte e oito de outubro de 2016(o dia que estou escrevendo essa bagaça) é lançado no mundo todo "The Stage", que já está disponível no Spotify(plataforma na qual estou escutando)(paga nóis). Será que a banda entregou tudo aquilo que na verdade não prometeram mas nós esperávamos para um caralho?



 A primeira coisa a ser comentada é que como o Green Day, sou muito fã de Avenged Sevenfold, então essa Review vem do fundo do coração, e vou tentar ser o máximo racional possível e o mínimo emocional para poder fazer uma boa análise para vocês seus lindos(tá bom nem todos são lindos).
 A primeira impressão que você tem sobre o álbum é que ele vai seguir mais ou menos o padrão do "Hail to the King", porém mais lento e cadenciado. É possível sentir leves inspirações do Pantera e do Sepultura e outras bandas de Trash Groove dos anos 90. Entretanto o Avenged ainda faz seu som original e bem característico com fortes doses de Heavy Metal clássico de bandas como Dio, Judas Priest e Iron Maiden com bandas de Metal mais modernas. Se você estava esperando algo como o "Avenged Sevenfold" ou "Nightmare" pode esquecer. Não tem músicas velozes no nível de "The Beast and the Harlot" e as linhas de "Welcome to the Family".
 Os tempos de "Waking the Fallen" já se foram, e esse álbum foi a última facada no que sobrava de Metalcore neles. Aqueles adolescentes de franja e maquiagem de 2005 se foram, o estilo da banda é muito mais adulto(não nesse sentido pornozão seu safadown), e a produção visual ficou incrível. Basta assistir o clipe de "The Stage" que repetindo é um dos melhores clipes que eu já vi.
 Os arranjos e o instrumental não fizeram mudanças radicais. As guitarras continuam num padrão muito parecido, principalmente não quantidade de "taping" e "shred". A evolução notória é no baixo, que é de longe o melhor trabalho nesse quesito da banda. O instrumento em questão aparece muito mais em padrões muito marcantes. A bateria se recuperou. Após a perda de James "The Rev" Sullivan, provavelmente o melhor baterista de sua geração, não só do metal mas da música em geral, e sua morte causou um choque muito forte na banda. O trabalho de Mike Portnoy(outro maior baterista de sua própria geração ao lado de Dave Grohl) completando o que faltava em "Nightmare" foi espetacular. Mas o trabalho decaiu em "Hail to the King" como era de se esperar. Essa qualidade de bateria recuperou bastante do que era antigamente. Mesmo que não acredite na recuperação total, afinal o nível do Rev era muito acima da média, sendo facilmente melhor que Joey Jordison(o batera da mesma geração que chega mais perto) em quase todos os aspectos.
 Os intrumentos extra banda tradicional entram de forma genial. Começando pelo já clássico orgão. O trabalho com o instrumento já é de longa data da banda, principalmente em sua música "Critical Acclaim"(onde pra mim, eles aproveitaram da melhor forma). Aqui está mais sútil se misturando mais nas canções, estando na dose certa.



 O trabalho de Orquestração e Piano é outro ponto positivo. Ele dá a banda algumas camadas a mais de Densidade musical. A banda também não é estranha nesse quesito, basta lembrarmos de "A Little Piece of Heaven" que além de uma faixa incomum e igualmente genial, ainda tem um trabalho orquestral magnífico.
 A parte acústica também está muito bem. Em vez de fazer canções acústicas como "So Far Away", o A7X introduz em trechos da música e como forma de dar viradas mais lentas. Isso deu a possibilidade de misturar com a guitarra elétrica fazendo um som mais complexo e com camadas mais densas ainda. A introdução de trechos melódicos de balada em meio a músicas pesadas ajuda a equilibrar o álbum. E a única balada do álbum "Angels" é provável a melhor balada que a banda já fez. As seções melódicas no estilo de "Afterlife" já não aparecem mais, em vez disso temos longos instrumentais e no quesito velocidade dos vocais a banda fez uma passagem do galopante melódico de Bruce Dickingson para algo igualmente melódico porém muito mais lento e cadenciado como de Ronnie James Dio.
 Falando em vocais, o vocalista M. Shaddows chegou no seu ponto máximo como vocalista. Seu vocal está melhor do que nunca, e ele abandonou de fez a voz anasalada que afastava muita gente da banda. Além da voz estar indo da canção mais forte pra mais melódica fácil.
 A banda além de estar claramente mais melódica, pega inspiração em bandas como Dream Theater e Pain of Salvation, tendo claramente sido influenciada por bandas de Metal Progressivo. As músicas mais longas, os trechos instrumentais e solos maiores, uma densidade e complexidade musical que nem bandas como System of a Down e Tool conseguem fazer, você consegue sentir alguma coisa até de Pink Floyd no trabalho com teclados e sintetizadores da banda. Ela ainda faz trechos baseados em Sintetizadores Glam Metal no estilo Bon Jovi e muitos nem notam.
 Mas nem só de elogios vive o álbum. A única crítica que tenho a fazer é em relação ao refrão da música "Creating God" que soa estridente e não casa bem, resultando num trabalho nem tão bom assim. Uma observação a ser feita é que a uma primeira ouvida o álbum parece ser uma Safe Zone do Avenged Sevenfold, porém quando você ouve com mais calma, fica perceptível que ocorreram muitas mudanças.



 Outro ponto positivo é que o álbum melhora e melhora a cada ouvida, e não foi nem um pouco decepcionante no ponto. Pelo contrário, foi melhor do que minhas impressões me indicavam que iria ser. E uma ênfase a canção final "Exist" um épico maravilhoso de 15 minutos, com uma letra existencialista com trechos de fala e um trabalho completo de todos o álbum, quase uma síntese espetacular do que você acabou de ouvir.
 Não consegui avaliar uma faixa melhor. Há várias que podemos pontuar as quatro primeiras faixas são boas pra caralho em especial "Paradigm" e "God Damn". "Simulation","Higher" e "Fermi Paradox" são mais três faixas fodas demais. A última faixa o tal épico também é do caralho. E por mais que eu tenha achado o refrão de "Creating God" meio estranho e não muito agradável, a música, mesmo sendo a "menos melhor" do álbum, passa longe de ser ruim, sendo uma canção foda de forma geral, com um trecho aquém.
 O que temos de concluir com "The Stage". 1 o Avenged Sevenfold diferente do Green Day não nos engana. 2 O Avenged Sevenfold é uma banda animal. 3 É possível fazer um trabalho do caralho e ser foda mesmo sendo Emo/Ex-emo(isso era óbvio, os burrão que não se tocou disso até agora)
 Esse não é só o provável melhor álbum do Ano, mas também o da banda, mostrando que eles ainda tem muito a que mostrar e o por que são uma das três maiores bandas de rock da atualidade.
 Essa é uma das bandas que vou lhe falar, vale muito a pena, principalmente se você for um grande fã de metal e hard rock, mas para apreciadores de música de forma geral ouvirem o álbum e avaliarem o que pra mim é uma obra prima e merece ser reconhecido como um dos melhores álbuns da década.



Avaliações após primeira ouvida


Primeiras Impressões

Obras Maiores
Inspiradas em Seções de Metal Progressivo
Menos seções melódicas rápidas da fase 2005-2010
Seguiu a Linha do Hail to the King
Mais Eclético
Mais Instrumentos diferentes
Música mais densa
Bateria em Recuperação
Os solos estão como estavam em Hail to the King
Músicas estão muito boas
Tudo bem encaixado
Seções Melódicas Mais Longas
A banda parece entrar numa Safe Zone que na verdade não existe. Porém foi a mudança menos radical dos últimos 3 álbuns.
Mais Dedilhação
M. Shadows está com seu vocal melhor do que nunca. E quase não faz voz anasalada no álbum
O álbum contém uma única balada, que é espetacular
As viradas estão muito bem acertadas
O uso de guitarra acústica em algumas faixas entrou acertando em cheio
Menção a primeira e a última faixa, dois épicos a primeira de 8 e a última de 15
A banda abandonou de vez o Breakdown
Também matou de vez o Metalcore que a banda tinha
As letras estão no clássico estilo do Avenged Sevenfold bem acertadas
Músicas com mais cadencia em uma pegada mais Trash.

Outras Análises de álbuns de 2016

Green Day- Revolution Radio
http://jamantaserock.blogspot.pt/2016/10/revolution-radio-green-day2016-review.html



Indicação Rápida:
Avenged Sevenfold- Avenged Sevenfold(2007)


4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito legais seus comentários. Discordo em alguns poucos pontos, mas em geral (como fã da banda também) achei "isenta" na medida do possível haha
    Trabalho fantástico dos caras, o Brooker chegou bem demais, o Johnny também apareceu - quem diria?! - muito preciso e mto gostoso de ouvir.
    Acho que o fator surpresa ajudou bastante também. Fiquei sabendo essa semana que seria lançado dia 28, não deu nem tempo de criar um hype - e era o que eles queriam, como o Matt falou em entrevista pra Rolling Stone.
    Estou com a leve impressão de que só eu e a banda gostamos de Creating God, em geral não vi bons comentários sobre ela hahaha e não entendi exatamente por que, gostei do andamento da música, o Brooker tá ótimo nela e o solo é muuuuito bom. Continuando o momento Do Contra, não gostei tanto das 4 primeiras quanto a galera que já vi comentando. Da terceira e da quarta sim, MUITO; aquele finalzinho da Sunny Disposition me deu uns bons arrepios. God Damn é o tipo de coisa que quero ouvir no show da turnê, tem elementos interessantes pra botar no palco. Enfim, Paradigm é uma que já sei que nunca vai me convencer, como Doing Time, Lost, Burn it Down ou Tonight the World Dies. The Stage...ainda estou me acostumando com ela. O clipe ajuda muito nisso, na verdade hehe.
    Fico feliz por não ser a única que achei que o Brian não mostrou tanta evolução em relação HTTK. Várias vezes me peguei pensando "bom solo, mas parece o mesmo desde a 2ª faixa".
    Realmente: Angels é FANTÁSTICA. Não consigo nem falar direito dela, só é foda e linda mesmo. Nela finalmente aparece um (INÍCIO) de solo um pouco mais original.
    As influências, como vc citou, de Dio, metal progressivo e Pink Floyd achei muito, mas muito benvindas mesmo.
    Tô fascinada pelo trabalho deles, pelo crescimento musical dos caras; a cada álbum eles mostram uma versatilidade que não se vê nas bandas da mesma geração.
    Flw!

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  3. Muito boa crítica, também gostei bastante desse álbum do Avenged Sevenfold, mas até agora o que mais gostei é o The Last Hero do Alter Bridge. Façam uma crítica sobre o The Last Hero, quero saber o que vocês acharam.

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    1. Sendo sincero ouvi muito pouco de Alter Bridge, mas já entra na lista de álbuns pra escutar. Vlw pela indicação ai, um abraço

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